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Cresce quantidade de idosos com mais de 70 anos aptos a votar nestas eleições


Cerca de 20 milhões de pessoas em todo o País não teriam a obrigação de votar nas eleições de outubro, mas fizeram questão de se habilitar para comparecer às urnas. São jovens com idade entre 16 e 18 anos, idosos com mais de 70 anos e analfabetos. Mas o engajamento destes grupos nas eleições deste ano varia muito. No segmento de jovens entre 16 e 18 anos, por exemplo, houve uma redução de quase 15 por cento em relação às eleições gerais de 2014. Hoje eles são 1 milhão e 400 mil eleitores, 1.3 por cento do total.
O cientista político Leonardo Barreto diz que, na maioria das vezes, os jovens são recrutados como militantes pelos partidos. Contraditoriamente, não há projetos para eles.
"A agenda pra juventude, de uma maneira geral, ela é uma agenda periférica no Brasil. Muitas vezes ela vem associada com questões de segurança, de educação, mas ela não tem um apelo, uma linguagem ou um foco forte na figura dos jovens. Talvez esse seja o principal motivo pelo qual eles não se mobilizam, e pelo fato de não estarem mobilizados, perdem bastante da sua capacidade de decisão".
Os números do Tribunal Superior Eleitoral mostram que 12 milhões de pessoas com mais de 70 anos estão aptas a votar em 2018. É um aumento de 11 por cento em relação a 2014. E a boa notícia para os mais velhos é que não existe idade máxima para votar. Os idosos têm preferência no dia de votação se a fila na sessão eleitoral estiver muito grande. Como qualquer cidadão, eles podem levar uma "cola" com os nomes e os números dos candidatos de sua preferência. Mas não é permitido entrar na cabine de votação acompanhado para ter ajuda no uso da urna eletrônica.
O assessor de Comunicação do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Fernando Veloso, lembra que a urna é inviolável, e isso vale também para o idoso.
"Em princípio, ele deve votar sozinho. Caso ele tenha algum tipo de dúvida, ele vai receber orientação do mesário, mas no momento da votação ele deve fazer isso de forma individual".
Os analfabetos não podem se candidatar às eleições, mas podem votar. Pelos dados do TSE, eles serão 6 milhões e 500 mil eleitores em 2018, correspondendo a 4,46 por cento do total.

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