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Congresso Nacional é iluminado de laranja para conscientizar população sobre esclerose múltipla


Durante o mês de agosto, as cúpulas do Congresso Nacional foram iluminadas com a cor laranja como uma forma de conscientizar a população para a esclerose múltipla, uma doença neurológica, crônica, autoimune, que não tem cura e atinge duas vezes mais as mulheres, principalmente na faixa dos 30 anos. Pesquisa de opinião feita no ano passado mostrou que 46% da população brasileira não conhece a doença.
Vice-presidente da Associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (Ame), Bruna Rocha Silveira ressalta a importância de se ter um maior conhecimento sobre esse mal:
"A esclerose múltipla é uma doença bastante desconhecida ainda, apesar de termos muitos diagnósticos. E ela é uma doença que atinge adultos jovens, adultos que estão bem no início da vida profissional, formando família, e acabam se desesperando muitas vezes pelo desconhecimento, por não saber o que que é. E o desconhecimento também vai gerar preconceito, vai gerar daqui a pouco um não lugar onde trabalhar."
Bruna Silveira lista os sintomas da esclerose múltipla para que todos fiquem alertas e possam se encaminhar a um médico neurologista que possa fazer o diagnóstico correto:
"Falta de força, perda de equilíbrio, perda sensorial, como formigamentos que não passam, a fadiga, que é um cansaço extremo, que a pessoa pode acordar, às vezes, já sem ter uma força para levantar, às vezes ela tem essa fadiga tão grande que ela perde as funções cognitivas, de conseguir falar direito, sintomas visuais como diplopia, que é enxergar duplo, outra dificuldade para enxergar, que é aquela visão embaçada durante muitos dias."
A esclerose múltipla é uma doença rara e os tratamentos são de alto custo, como observa Bruna Silveira:
"Tem a medicação que controla a doença, para que ela não avance, e é um tratamento multidisciplinar, porque a maioria dos pacientes vão precisar de fisioterapia, de terapia ocupacional, de fonoaudiólogos, vão precisar de outros remédios para sintomas que não são exatamente os remédios que travam a doença, mas que diminuem os sintomas, como a espasticidade, que diminuem a fadiga, que diminuem alguma dor, pois viver com esses sintomas pode ser bastante complicado."
Recentemente, a esclerose múltipla foi tema de audiência pública na Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados. Durante a audiência, médicos e pacientes alertaram para a necessidade de alterações no protocolo do Sistema Único de Saúde, o SUS, para garantir ao paciente atendimento adequado desde o início do tratamento.

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