F

Notícias de Última Hora

Após críticas de Lula, Ministério da Economia rebate “declarações infundadas”

 

O Ministério da Economia divulgou neste domingo (11) uma carta de esclarecimento em resposta ao que chama de “recente série de declarações infundadas sobre o atual cenário econômico” do país.

“As declarações de que o Estado Brasileiro está ‘quebrado’ não são compatíveis com a realidade”, diz a nota, que lista evolução de indicadores e ações da equipe econômica, como nível de endividamento, compromissos com o funcionalismo público e presença do governo no setor digital.

A divulgação vem após várias críticas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a situação do orçamento público, feitas na última sexta-feira (9).

Na ocasião, Lula prometeu para as vésperas do Natal apresentar um quadro sobre o Brasil mapeado pela equipe de transição.

“Quando a transição terminar, vamos apresentar para a sociedade o que encontramos do atual governo. Não vamos fazer um show de pirotecnia. Vamos mostrar como está a situação de tudo para que a sociedade saiba. Porque, se não mostrarmos agora, seis meses depois, estará nas nossas costas os desmandos do atual governo”, disse ele em discurso no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição em Brasília.

Em seu discurso, o presidente eleito agradeceu a senadores que votaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro, afirmando que não se trata de uma tramitação do governo Lula. “É para resolver problema do orçamento feito por Bolsonaro”, acusou.

No esclarecimento divulgado pela Economia, o governo destaca, por exemplo, que a dívida bruta do governo geral deverá terminar o ano representando 74% do Produto Interno Bruto (PIB) e superávit primário de R$ 23,4 bilhões, o primeiro desde 2013.

“Será o primeiro governo que encerra o mandato com endividamento em queda: em 2018, a relação dívida/PIB chegou a 75,3%. Demais países emergentes e desenvolvidos têm projeções de crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com as taxas observadas antes da pandemia”, diz a pasta.

“Governos anteriores ampliaram a relação dívida/PIB em quase 20 pontos do PIB sem enfrentar pandemias ou guerras como a vista no Leste europeu, sem que esses recursos se traduzissem em efetiva melhora na qualidade de vida da população”.

A pasta cita ainda que as medidas de suporte aos entes subnacionais durante a pandemia e as ações de política econômica “resultaram em rápida recuperação da atividade no pós-pandemia, estados e municípios registrarão o segundo ano consecutivo de superávit primário em 2022”.

Nenhum comentário