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Clientes voltam a reclamar de venda de lugares na fila da agência da Caixa Econômica no Centro de Petrolina

 

Os moradores de Petrolina, que necessitam de atendimento na agência da Caixa Econômica Federal, localizada no centro da cidade, estão convivendo com um problema recorrente: a venda ilegal de lugares na fila. Os lugares são marcados com pedras, caixas, capacetes e as inicias da pessoa. Segundo os clientes, os espaços reservados chegam a ser vendidos por até R$ 50.

Desempregada, Luana Ferreira foi dar entrada no FGTS. Ela chegou na Agência por volta das 5h, da quarta-feira (2). Mesmo chegando cedo, teve que ficar distante e, enquanto aguardava, disse ter recebido proposta para comprar um lugar frente, mas recusou. “Acho errado, porque era direito da gente chegar aqui e ter a liberdade de poder pegar onde a gente chega no horário”, afirma.

A atitude de Luana não é seguida por todos os clientes. A venda de lugares na fila resiste porque existem compradores. A dona de casa Lucimara Silva pagou R$25 por uma vaga. Ela diz que tem problemas de saúde e que deixou as filhas com uma parente, por isso, precisa voltar logo para casa. Apesar da justificativa, Lucimara confessa que se arrependeu. “Não era nem para eu ter aceitado isso, porque é um roubo”, diz a dona de casa.

Diversas pessoas foram flagradas negociando a venda das vagas na fila. O garçom João Victor Nascimento chegou por volta das 3h, em busca de atendimento referente ao pagamento do PIS. “Cheguei e já tinha gente aguardando pra vender vaga. Não achei justo e fiquei na fila. Aí, a polícia passou, nós reclamamos sobre a situação e eles falaram que não era pra gente sair da fila. Isso não pode. As pessoas vendendo dez, cinco espaços. Aí o pessoal chega e não tem a vez”, reclama.

Segundo os clientes, a venda de lugares é feita, na maioria das vezes, por pessoas em situação de rua e lavadores de carro que trabalham próximo à agência. Eles pedem mais atuação da Polícia Militar e da Guarda Civil. “Tem que ter mais policiamento. A Guarda Civil também deveria estar aqui para evitar esse constrangimento, porque eu acho um constrangimento”, afirma João Victor.

Em nota, a Polícia Militar informou que, “através do comandante do 5º BPM, não recebeu nenhum registro de fatos desta natureza”.

O g1 entrou em contato com a Caixa Econômica, mas, até a publicação desta matéria, não recebeu resposta.

Fonte: G1 Petrolina

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