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Após Pedido, Justiça Determina Falência Da Joalina Transportes; Funcionários Da Joafra Temem Que O Mesmo Aconteça Com A Empresa Que Atua Em Juazeiro


Após mais de 50 anos atuando no Vale do São Francisco, a empresa de transporte de passageiros Joalina formulou na 5ª Vara Cível da Comarca de Petrolina um pedido de autofalência.

De acordo com a empresa, a continuidade de suas “atividades foi interrompida, mostrando-se impossível, ante a perda da sua única fonte de receita, qual seja, a permissão/concessão pública para a prestação de serviços de transporte público de passageiros, no Município de Petrolina/PE”.

Em sua sentença, a juíza Larissa da Costa Barreto aceitou o pedido e decretou a falência da Joalina Transportes no dia 29 de julho. A decisão determina ainda a suspensão de ações e execuções contra a falida, com as ressalvas legais.

“Caberá ao administrador judicial a comunicação da suspensão aos juízos competentes”, decidiu a juíza que determinou também o “bloqueio das contas e ativos financeiros em nome da falida” como também o bloqueio de transferência e circulação de veículos existentes em nome da Joalina”.


Veja a decisão na íntegra

Ao longo dos últimos anos, alguns ônibus da empresa foram sendo retirados de circulação, aos poucos, do município de Juazeiro, e sendo substituídas por transportes da empresa Joafra, que também também atua em Juazeiro e Petrolina, e pertence ao mesmo grupo familiar da Joalina.

A estratégia da empresa preocupou funcionários e ex-colaboradores, que em abril deste ano, em contato com o PNB, alertaram sobre um possível pedido de falência da empresa que atua em Juazeiro.

De acordo com eles, a decisão culminará na demissão dos trabalhadores, sem a garantia de receberem seus direitos trabalhistas.

“Tem colega com 30 anos de empresa. Uma vida dedicada ao serviço, e corremos o risco de sermos dispensados sem nenhum direito, como aconteceu com os colegas quando a Joafra deixou de prestar o serviço em Petrolina, e também com os colegas dispensados após o protesto de janeiro. Todos saíram sem receber nada. Foram pra Justiça, como mandaram, e a Justiça demora para decidir”, relatou um integrante do grupo.

Ainda de acordo com eles, por uma “estratégia” da Joafra, a empresa Girassol entraria em Juazeiro para prestar o serviço.

“A Girassol já está atuando ilegalmente em Juazeiro, com vários ônibus circulando na cidade. Podem observar que os ônibus da Girassol já estão rodando. Parecem novos, porque foram pintados na garagem da Joafra, mas são veículos velhos, que a Prefeitura de Petrolina não autorizou que rodassem lá, quando dispensou os serviços da Joafra. A empresa então, fez uma ‘maquiagem’ nos veículos velhos para circularem em Juazeiro”, denunciou outro integrante do grupo.

O grupo disse que os trabalhadores estão desamparados pelos órgãos fiscalizadores, que se sentem “sem voz”, e que a “única saída foi procurar a imprensa”.

“Quem devia ser por a gente não nos defende e ao que parece tem compromissos com o empresário. Nos sentimos abandonados pelos órgãos fiscalizadores. Aqui em Juazeiro não existe quem defenda os trabalhadores. O empresário Leãozinho é o ‘todo poderoso’. Ele faz e acontece, não respeita as leis e com a conivência dos políticos, daqueles que deveriam representar o povo. É a política do toma lá dá cá. Fica notório que a ‘troca de favores’ deixa muitos políticos na mão dele. Sabemos dos financiamentos de campanhas de vereadores, de prefeitos, e é por isso que Leãozinho manda e desmanda em Juazeiro. Não respeita os trabalhadores e nem a população que tem que engolir esta empresa que vem prestando um péssimo serviço, e desrespeitando o trabalhador”, denunciou o trabalhador.

Fonte: Grupo PE-BA Notícias Urgentes

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