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Não terá colapso na saúde, diz Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro não acredita que haverá um colapso na área da saúde mesmo com o aumento de casos do coronavírus. Em entrevista ele também afirma que está confiante de que o medicamento Reuquinol, que possui como princípio ativo a hidroxicloroquina, será eficiente para evitar um contágio mais rápido da doença no Brasil. 
Bolsonaro afirma que os Estados Unidos também começaram a analisar a eficácia do remédio e que também entrou em contato com o hospital Albert Einstein. Segundo ele, o hospital iniciou um rotocolo de pesquisa para saber a eficácil do cloroquina contra a COVID-19. 
Além disso, o presidente disse que o laboratório Apsen, que produz o medicamento Reuquinol, se comprometeu a doar mais de 10 milhões de comprimidos. "Existe a possibilidade, sim, de que o Reuquinol seja eficaz para tratar os portadores da COVID-19", disse Bolsonaro.
O presidente lembrou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) possui 4 milhões de comprimidos do medicamento. "Temos bastante para começar, mas é um medicamento barato. Não à toa, a Apsen está doando 10 milhões de unidades. Uma vez confirmada, vamos distribuir para todos os infectados", disse.
É bom lembrar, no entanto, que a hidroxicloroquina está sendo, de fato, analisada para tratamentos, porém ainda não há evidência científica suficiente que comprove a eficácia.
Mais cedo, em coletiva de imprensa, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que o órgão pretende elaborar uma nota sobre a utilização desses medicamentos. No entanto, para evitar uma corrida para a farmácia, o secretário disse que houve um bloqueio da retirada desses remédios sem receita.
No momento, apenas pessoas com receita para tratamento de enfermidades como malária, lúpus e artrite reumatoide. “Ninguém vai poder guardar esse remédio pensando no coronavírus. Além disso, ele tem uma série de efeitos colaterais e não é para quem está gripado”, disse o secretário-executivo.
"Doria é um lunático" 
Para o presidente da República, os governadores que decretaram quarentena estão extrapolando e estão dando uma "dose excessiva do remédio e que o remédio em excesso se torna um veneno." Mais do que isso, Bolsonaro também criticou os seus dois principais antagonistas na região Sudeste: João Doria, governador de São Paulo, e Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro.
"O Doria é um lunático. Ele nega que usou o meu nome para se eleger governador e está se aproveitando para crescer politicamente", disse Bolsonaro. "O assunto (das discussões) tem que ser voltado somente para o problema que temos pela frente, que é o coronavírus."
O presidente afirmou que em nenhum momento se negou a participar um pacto nacional de combate ao coronavírus. “Eu nunca neguei audiência com governador. Esses governadores que me criticam, em especial o do Rio de Janeiro e o de São Paulo, sempre me criticaram”, diz Bolsonaro, que confirmou que irá receber todos os governadores interessados em se reunir essa semana – pessoalmente ou por videoconferência.
Em relação ao teto de gastos, Bolsonaro relata que acredita que será uma irresponsabilidade furar o teto, como pedem alguns economistas. Para ele, o Brasil precisa ter o limite para não voltar às “dívidas do passado”. Sobre a economia, Bolsonaro não quis fazer previsões e nem falar se a previsão de crescimento anunciada pelo Ministério da Economia, de alta de 0,02% no PIB de 2020, será cumprida.
“Alguns economistas falam de crescimento negativo, mas vamos esperar. Faltam poucos meses para atingirmos o pico da contaminação ou até mesmo a cura da doença. Só aí vamos falar de economia. Minha preocupação é com a vida das pessoas e com o desemprego criado por esses governadores irresponsáveis”, diz Bolsonaro.
“Gripezinha” e crise com Mandetta
O presidente diz que não se arrepende de ter chamado o coronavírus de “gripezinha”. Segundo ele, para mais de 60% dos brasileiros a COVID-19 não terá efeito algum.
“Por várias vezes a imprensa queria que eu fizesse a terceira prova. Falei que estavam muito preocupados com a minha saúde e, depois de uma facada, estou tranquilo com esse vírus. Eu falei que seria uma ‘gripezinha’ para mim”, diz Bolsonaro.
Segundo o presidente, não existe nenhuma crise com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Na verdade, de acordo com ele, existe apenas ponteiros sendo acertados e que o ministro o convence mais do que o contrário.
“É uma crise fabricada pela imprensa. Não existe atrito, mas uma conversa entre nós. Ele (Mandetta) sabe que uma população em depressão perde imunidade e fica mais propensa a doenças”, diz Bolsonaro.

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