Mendonça e Bruno vão ao TRE acusando Humberto de fake news
Os deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), candidatos ao
Senado, entraram com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco
(TRE-PE), nesta quarta-feira (29), contra o senador Humberto Costa (PT), adversário
deles nesta eleição. Os dois acusam o petista de espalhar fake news por causa de uma
publicação nas redes sociais em que faz a ligação do grupo deles, que são ex-ministros da
Educação e das Cidades, respectivamente, ao palanque do presidente Michel Temer
(MDB).
Humberto publicou uma montagem em que aparecem as lideranças do grupo de
Mendonça e Bruno com a inscrição “turma de Temer”.
“Evidente que a forma como a notícia foi manipulada faz com que seus receptores
(usuários das redes sociais Instagram e Facebook) entendam que houve, de fato, um
pronunciamento oficial
do atual Presidente da República apoiando as candidaturas dos
representantes, quando na verdade inexiste pronunciamento nesse sentido. É cediço que
não houve nenhum pronunciamento oficial
do Sr. Michel Temer no sentido de formar
uma “turma em Pernambuco” com os candidatos colacionados na fotografia,
de forma
que Humberto Costa, faseadamente, atribuiu ligações e apoios à candidatura que sequer
foram pronunciados. Inclusive, sabe-se que a Coligação ‘Frente Popular de Pernambuco’
tem como partidos integrantes: o Partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ao
qual Michel Temer faz parte e, também, o Partido dos Trabalhadores, ao qual o
representado Humberto Costa é membro”, arma
a representação, que liga o partido de
Temer à coligação do petista.
Em Pernambuco, o MDB está dividido. Temer é ligado a Fernando Bezerra Coelho, seu
líder no Senado desde a última segunda-feira (27). FBC disputa há um ano o comando do
partido com o grupo de Jarbas Vasconcelos, que é candidato ao Senado na chapa de Humberto e Paulo Câmara. Em meio a um imbróglio judicial, não conseguiu levar a sigla
para a oposição.
“Ainda, resta salientar que Bruno Araújo e Mendonça Filho estão liados
aos partidos
que integram a Coligação ‘Pernambuco Vai Mudar’, e , portanto, a atitude do
representado ao atribuir liação
de Michel Temer aos candidatos que sequer fazem
parte da sua coligação é demasiadamente irrazoável e inverídico”.
Por causa da baixa popularidade de Temer, tanto Armando Monteiro Neto (PTB), que
encabeça a chapa e Mendonça e Bruno, quanto o governador Paulo Câmara (PSB),
candidato à reeleição apoiado por Humberto, têm tentado se descolar do emedebista.
Ambos também tentam se aproximar do ex-presidente Lula, que tem 62% das intenções
de voto em Pernambuco, segundo a última pesquisa Ibope JC/TV Globo, divulgada no
dia 20.
Um dia após Armando relembrar o voto da maioria dos deputados do PSB no
impeachment de Dilma Rousseff (PT), há dois anos, e o socialista ligar o petebista a
Temer por causa dos ex-ministros, o próprio emedebista armou
que Paulo Câmara usa o
afastamento como discurso eleitoreiro. A entrevista de Temer gerou reações dos dois
lados nesta quarta-feira (29), dia em que Humberto Costa fez a publicação e apagou
horas depois.
Em nota, a assessoria de imprensa do petista armou
que a assessoria jurídica do
candidato vai apresentar a defesa “pautada na linha de que não há qualquer inverdade no
que foi publicado”. “Qual o problema de dizer que eles são ligados a Temer. Não foram
ambos ministros de Temer? Um da Educação, outro ministro das Cidades. Eles estão
querendo esconder esse fato? Qual é a propaganda irregular que há nisso?”, questionou
Humberto Costa ao Jornal do Commercio.
O senador armou
que a publicação foi feita pela sua assessoria e que pediu que fosse
retirada por causa de Armando Monteiro, eleito na mesma chapa que ele em 2010 e seu
aliado nas eleições seguintes. “inham colocado Armando também e na verdade, Armando é outro papel, é outra história. Mas (Armando) está junto com a turma do Temer”,
armou.
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