Correios vão lançar o ‘uber da entrega’
Até o fim deste ano, os Correios querem anunciar uma nova empresa de
logística para concorrer no mercado de entrega de encomendas. O serviço
funcionará praticamente do mesmo jeito que o Uber. Por meio de um aplicativo no
celular, o usuário poderá chamar um prestador de serviço – carro, moto ou até mesmo
bicicleta – para que entregue sua encomenda em determinado endereço.
O Estado apurou que os Correios negociam parceria com uma empresa de
tecnologia para lançar o aplicativo e que a expectativa é bater o martelo nas
próximas semanas. O objetivo é oferecer um serviço de “entrega a jato”, em
poucas horas.
As informações foram confirmadas pelo presidente dos Correios. “Ainda
estamos fechando os detalhes desse negócio, mas vamos iniciar este serviço
ainda neste ano.”
Com a iniciativa, os Correios querem entrar em um tipo de operação que
já virou tendência em outros países. Trata-se do chamado “crowdshipping” –
termo que une as palavras crowd (multidão) e shipping (remessa) -, que tem a
proposta de permitir que cidadãos comuns possam fazer entregas de terceiros,
desde que estejam habilitados para isso.
No Brasil, já existem algumas iniciativas em funcionário, como o “Eu
Entrego”. Para usar o serviço, o dono da encomenda se cadastra, descreve o
tamanho do produto, local e data da retirada da entrega e quanto está disposto
a pagar. A partir daí entregadores independentes cadastrados no site se
candidatam ao serviço, apontando se aceitam o valor proposto ou se fazendo uma
proposta.
Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a iniciativa
deve ser estruturada com o máximo cuidado, para evitar fraudes e prejuízos aos
usuários do serviço. “O Idec considera que a iniciativa dos Correios deve ter
atenção aos critérios para seleção da empresa parceira e os mecanismos de
autorregulação criados para garantia de qualidade dos serviços”, comenta Rafael
Zanatta, advogado do Idec. “O serviço deve zelar pela garantia dos direitos
básicos dos consumidores e responsabilização, tanto dos Correios quanto pela
empresa de tecnologia intermediadora, por violações causadas aos consumidores.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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