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Pernambuco confirma casos de varíola dos macacos em crianças

 


O número de casos para o vírus da varíola dos macacos, transmitida pelo vírus monekypox, avança em Pernambuco. Pela primeira vez, o estado confirmou três casos de pacientes com faixa etária dos 0 aos 9 anos. Em última atualização a faixa etária variava dos 20 aos 60 anos ou mais. Em novo boletim divulgado nesta sexta-feira (9), o estado agora contabiliza 57 casos confirmados para a doença, 15 a mais desde a última atualização na quinta-feira (1).
 
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE), Pernambuco registra, até o momento, 647 notificações, 162 casos descartados e 428 em investigação.

Em último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), foi confirmado que o estado agora apresenta transmissão comunitária para o vírus, ou seja, casos que não envolvem pessoas vindas de fora do país ou de outra parte do mundo. Dos casos confirmados, 47 são do sexo masculino e 9 do sexo feminino. Todos os pacientes seguem em isolamento domiciliar.

Em boletim, a SES informa que Pernambuco já possui o Plano de Resposta de Saúde Pública aos casos de Monkeypox. O objetivo do plano é minimizar o impacto provocado pela introdução do vírus no território estadual. A SES também informa que continua instrumentalizando os gestores municipais a fim de garantir uma resposta adequada à doença. “Como ainda não há vacina para a doença é importante que se mantenham alguns cuidados. Caso ocorra o aparecimento de lesões é preciso procurar um serviço de saúde na sua cidade, manter o isolamento e seguir todas as recomendações médicas, a fim de evitar a transmissão e propagação do vírus”, informa.

Contudo, na segunda-feira (5), o Brasil recebeu insumos para dar início ao processo de desenvolvimento da vacina. Os materiais são duas alíquotas-semente do Vírus Vaccinia Ankara Modificado (MVA) e foram entregues no Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este é um primeiro passo para que o Brasil dê início a pesquisa para produção de uma vacina eficaz contra o vírus da varíla dos macacos em território nacional. O número de casos para a doença no mundo ultrapassa os 50 mil com 16 mortes, duas delas sendo no Brasil (ambos com comorbidades e saúde fragilizada).

A doença é conhecida na África desde os anos 1950, onde há regiões em que é endêmica.  O atual surto, porém, começou este ano ano na Europa. Embora ainda não seja considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), a varíola dos macacos tem no contato sexual sua principal forma de contágio, atualmente, segundo os dados  da Organização Mundial De Saúde (OMS): mais de 95% dos casos. Mesmo percentual também de pacientes do sexo masculino, os mais afetados. 

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