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Atos lulistas e bolsonaristas ignoram regra eleitoral com pedidos de voto a pré-candidatos

 

A justificativa era de fazer um ato por conta do Dia Internacional do Trabalhador, o 1º de Maio, mas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitaram os atos para fazer campanha eleitoral em prol dos dois candidatos à presidência e de personagens que concorrem, por exemplo, aos pleitos estaduais. O fenômeno foi recorrente em todo o Brasil.

Na capital baiana, os atos bolsonaristas aconteceram no final da manhã, no Jardim dos Namorados. Nomes como o pré-candidato ao governo do Estado, João Roma, e o vereador Alexandre Aleluia (PL) estiveram presentes e fizeram elogios a Jair Bolsonaro. Aleluia comentou que o presidente é o símbolo da liberdade para trabalhadores. 

Por sua vez, João Roma alegou que o Brasil já acordou com a primeira eleição de Bolsonaro em 2018 e acredita que, agora, é a vez da Bahia seguir pelo mesmo caminho com sua eleição. No chão, apoiadores gritavam o nome de Roma para governador e de Jair Bolsonaro para a presidência.

No final da tarde, foi a hora da esquerda fazer os seus atos - dessa vez, no Farol da Barra. A cerimônia ainda teve shows de Margareth Menezes e Jau. Estiveram presentes personalidades como as deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B), a deputada estadual Olívia Santana e nomes da Câmara Municipal de Salvador como Maria Marighella (PT), Marta Rodrigues (PT) e Augusto Vasconcelos (PC do B). 

Parlamentares defenderam pautas como a revogação da reforma trabalhista, declararam apoio a Lula e Jerônimo Rodrigues (PT), pré-candidato do PT ao governo do Estado, e pediram que os eleitores também fiquem atentos para as eleições para deputados federais e estaduais, além de Senado.

Figuras do movimento estudantil e de centrais sindicais de esquerda, como a presidente da CTB, Rosa de Souza, também discursaram pedindo voto a Jerônimo e Lula.

A lei eleitoral diz que não pode ocorrer pedido explícito de voto antes do início da campanha, o que ocorrerá somente em 16 de agosto. Mas, na prática, a Justiça tem sido tolerante e com raras punições para quem desrespeita a regra.

Fato semelhante aconteceu em São Paulo, onde Lula participou de um evento de centrais sindicais. O petista foi recepcionado no palco por dirigentes sindicais que puxaram coros de "olê, olê, olê, olá, Lula, Lula" e logo no início de sua fala sugeriu estar preocupado com eventual punição da Justiça Eleitoral por propaganda antecipada.

"Eu fiquei um pouco atrás [dos dirigentes] porque eu não posso falar de eleição. Eu estou aqui num ato de 1º de Maio para discutir o problema dos trabalhadores e das trabalhadoras desse país", afirmou Lula.

"Eu ainda não sou candidato, só dia 7 eu vou ser pré-candidato. Mas se preparem porque alguém melhor do que esse presidente [Bolsonaro] vai ganhar as eleições", acrescentou, para logo adotar um tom eleitoreiro e falar de projetos para um eventual governo seu.

A pré-candidatura do petista à Presidência será lançada no próximo sábado (7) em um evento em São Paulo. O provável vice do petista, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), também deve participar. (Via: Bnews)

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