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Alex de Jesus expõe falta de empatia e possível coação do seu grupo político: “Estou até o pescoço engasgado”

 


Visivelmente emocionado, o vereador Alex de Jesus, ao lamentar a cassação do mandato do vereador Júnior Gás, fez um desabafo na Câmara Municipal de Petrolina. A decisão judicial foi proferida no último dia 26 de agosto, mas só foi oficializada na Casa Plínio Amorim na manhã de hoje (09). Solidário ao colega, Alex de Jesus expôs a falta de apoio e as especulações dentro da bancada de situação em torno de quem assumiria a vaga de Júnior. No discurso, o parlamentar citou até mesmo membros da gestão municipal replicando a falta de empatia com o vereador cassado.

“A minha maior tristeza, não é somente o fato que aconteceu. É por ver pessoas vibrarem, comemorarem uma situação como essa. Júnior, eu estou triste nem só por isso, mas a minha maior tristeza é essa, as pessoas ficarem no WhatsApp querendo saber quem vai assumir, qual é o partido, até mesmos sabendo quem deu entrada nesse processo não tem o direito de assumir diante da Justiça. e quando eu via esses comentários dava vontade de dizer: ‘Quem vai assumir é Júnior do Gás, porque quem deu essa cadeira a ele foi o povo e quem permitiu dar foi o próprio Deus”’, apontou. 

Ao dar continuidade ao seu pronunciamento, Alex de Jesus, deixou claro que a falta de empatia de alguns integrantes do seu grupo político inflamou uma ferida que já estava aberta. “Aqui está a minha solidariedade, não só minha mas de toda a família e dizer que você é um irmão para mim. Você é da minha cor, Júnior, você é negro igual a mim e com a gente não tem falsidade não. Agora o que me deixa triste mais ainda é a gente às vezes estar num grupo e fica um leva e traz, fica, com licença da palavra, uma cachorrada de vereador, de secretário, onde até mesmo para assinar um projeto, secretário, não sei a mando de quem… Eu estou chateado, estou até o pescoço. De até as pessoas chegarem para Gaturiano e dizer ‘assina’ e ele bebe água”, relatou.

A possível coação enfrentada por Alex deixou reflexos além da sua carreira política. “É revoltante, a minha filha filha não pode ver uma caminhonete branca, pode ser Hillux, ela tem sete anos, pode ser uma S10, pode ser uma Amarock, pode ser uma caminhonete branca, ela sempre me pergunta: ‘pai, esse aí é seu amigo?’. A minha esposa não abre, você pode derrubar a porta, ela não abre mais pela maneira a qual eu fui subordinado para assinar um parecer. Isso é triste, vai chegar ao ponto do vice-prefeito dizer: ‘Bota eles para a oposição’. Isso é triste e eu estou até o pescoço engasgado”. 

Ao finalizar, o parlamentar reforçou o apoio a Júnior Gás e a esperança do seu retorno à Câmara Municipal. “Quero aqui, com muita tristeza, deixar toda a minha solidariedade e a minha maior alegria vai ser, acredito eu, vai ser ver Júnior Gás sentado, de volta, nessa cadeira”. 

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