Entenda como vão funcionar as mudanças anunciadas para o PIX
O Banco Central anunciou mudanças
nas transações com o Pix (transferências e operações em contas bancárias), para
ampliar o uso do sistema de pagamento instantâneo, a partir de setembro. Essas
transações poderão, agora, ser feitas por instituições que participam do open
banking (sistema de compartilhamento de dados). A novidade é que o serviço vai
permitir a movimentação de contas bancárias a partir de diferentes plataformas
e não apenas pelo aplicativo ou site do banco onde o consumidor tem conta. Ou
seja, com a atualização, será possível efetuar o pagamento com Pix usando o
serviço de outras instituições, por meio da figura de um novo agente, o
iniciador de pagamentos.
O iniciador vai facilitar a junção
dos dois sistemas: Pix e open banking. Até o momento, o cliente que quiser, por
exemplo, fazer uma compra on-line, tem que seguir diversos passos. Primeiro é
preciso entrar no aplicativo da loja e fazer a autorização da compra. Em
seguida, voltar à sua chave do Pix e pedir autorização para o pagamento. Depois
voltar ao aplicativo da loja para finalizar a compra.
Com as mudanças autorizadas pelo
Banco Central, por meio do iniciador de pagamento, as etapas serão reduzidas a
três: basta entrar na loja, efetuar a compra e a transação, uma vez
autenticada, se completa.
De acordo com o BC, esse
procedimento é importante para facilitar a atuação de prestadores de serviço de
iniciação no comércio eletrônico e tem o objetivo de aprimorar a atual
experiência dos usuários, tornando a compra online de bens e serviços por meio
do Pix mais ágil. “Antes era preciso sete passos, agora são três”, afirma
Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto de Competição e Estrutura do Mercado
Financeiro do Banco Central. A expectativa, de acordo com Breno Lobo, chefe de
Divisão do BC, é que, apesar da entrada de mais um agente, não haja custo para
o consumidor que já está ligado a uma instituição financeira.
“Embora a legislação permita, não
acreditamos que isso (cobrança pelo serviço) aconteça. Porque se houver
cobrança, o cliente pode continuar usando o Pix da forma que usa hoje. Ele pode
dispensar o iniciador”, afirmou. Isso porque, segundo Lobo, o iniciador de
pagamento “não é um intermediário”, apenas. Será mais uma instituição
credenciada pela autoridade monetária.
O Banco Central estabeleceu a data
de 30 de agosto para que as instituições participantes do Open Banking
implementem os procedimentos operacionais para as novas funções do Pix.
De acordo com o BC, além dos
participantes que atua na modalidade iniciador, o serviço de iniciação no Pix
poderá ser ofertado pelas instituições financeiras ou de pagamentos autorizadas
pelo BC que participem do Pix na modalidade provedor de conta transacional,
desde que sejam certificadas no âmbito do Open Banking.
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