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Janaina Paschoal defende que Eduardo Bolsonaro recuse convite para embaixada

Janaina foi eleita com mais de 2 milhões de votos, a maior votação na história recebida para o cargo no país - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Janaina foi eleita com mais de 2 milhões de votos, a maior votação na história recebida para o cargo no país - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Janaina foi eleita com mais de 2 milhões de votos, a maior votação na história recebida para o cargo no país 
Em uma série de publicações em rede social ontem sexta-feira, a deputada estadual de São Paulo Janaína Paschoal (PSL) defendeu que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) recuse o convite para assumir a embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos.
 
"Muito se está a falar sobre eventual nepotismo, sobre capacidade, sobre ser necessário (ou não) integrar a carreira diplomática. Mas eu analiso a questão sob outro ângulo. O que pensam os quase dois milhões de eleitores do Deputado?", afirmou em uma das publicações.

A deputada disse não questionar a capacidade do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), nem a possibilidade jurídica, mas afirmou que, por ter conquistado muitos votos -ele foi o deputado mais bem votado da história- e levado deputados para a Câmara, ele teria uma posição de liderança e precisaria exercer esse papel.
 
"Eduardo tem muito a fazer na Câmara e na Presidência Estadual do PSL. Sei que o convite é muito tentador. Mas o certo é recusar. Ele assumiu responsabilidades no Brasil. Precisa cumprir. Basta agradecer a deferência e declinar."
 
Ela concluiu afirmando que o povo "precisa ser respeitado". "Quem fez Eduardo Bolsonaro Deputado Federal foi o povo. Isso precisa ser respeitado. Crescer, muitas vezes, implica dizer não ao pai."
 
O presidente anunciou na quinta (11) que decidiu indicar seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "Da minha parte, eu me decidi agora, mas não é fácil uma decisão como esta estando no lugar dele e renunciando ao mandato", disse ele em entrevista a jornalistas.
 
O presidente afirmou que o filho fala inglês com fluência, tem boa relação com a família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e "daria conta do recado perfeitamente".

"É uma coisa que está no meu radar, sim, e existe a possibilidade. Ele é amigo dos filhos do Donald Trump, fala inglês e espanhol, tem uma vivência muito grande do mundo.
Poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente", ressaltou.
 
Nesta sexta, Eduardo Bolsonaro afirmou que recebeu o apoio do chanceler Ernesto Araújo para assumir a embaixada do Brasil em Washington após se reunir com o ministro das Relações Exteriores.
 
Ao responder sobre suas qualificações para assumir um dos mais importantes postos na diplomacia brasileira, o parlamentar disse que fez intercâmbio nos Estados Unidos e "fritou hambúrguer no frio do Maine".
 
"É difícil falar de si próprio. Mas não sou um filho de deputado [presidente] que está do nada vindo a ser alçado a essa condição. Existe um trabalho sendo feito, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores [da Câmara], tenho uma vivência pelo mundo", declarou Eduardo, na saída do Palácio do Itamaraty.
 
"Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos EUA, no frio do Maine, estado que faz divisa com o Canadá. No frio do Colorado, numa montanha lá, aprimorei meu inglês. Vi como é o trato receptivo do norte-americano para com os brasileiros. Então acho que é um trabalho que pode ser desenvolvido. Certamente precisaria contar com a ajuda dos colegas do Itamaraty, dos diplomatas, porque vai ser um desafio grande. Mas tem tudo para dar certo", concluiu. 
 
Ele reafirmou que a ida aos EUA colocaria a relação do Brasil em "um outro patamar", por se tratar de um embaixador que seria filho do presidente da República. E descartou que sua nomeação possa se enquadrar nas regras que vedam o nepotismo.
 
O parlamentar voltou a afirmar que a indicação para o posto ainda é uma possibilidade e que até este domingo (14) deve se reunir com seu pai para definir a questão.

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