Orçamento de 2019 para saúde tem aumento de apenas 0,84% em relação a este ano

O Orçamento de 2019 para a saúde terá um aumento de apenas 0,84% em relação a este ano, chegando a R$ 128,2 bilhões. Apesar de o teto de gastos prever um aumento das despesas do Orçamento pela inflação do ano anterior - de 4,39% - o projeto para 2019 apresentado pelo governo não prevê o mesmo aumento em todos os ministérios. Isso porque a emenda constitucional fala que o teto é para cada Poder. A educação, por exemplo, terá aumento de 10,6%.

Estes números consideram o Orçamento da pasta como um todo. Internamente a situação é mais dramática porque o dinheiro tem que ser suficiente para pagar pessoal, custeio e investimentos. Ministérios como Cultura, Transportes, Esporte, Turismo, Agricultura, Integração Nacional e Cidades terão redução de recursos.

O governo aposta em receitas extras e no direcionamento das emendas parlamentares ao Orçamento para reverter essa situação.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fez questão de afirmar que a redução das despesas do governo em relação ao Produto Interno Bruto que ocorrerá em 2019 é um resultado positivo da emenda do teto de gastos. Ele recomendou aos presidenciáveis contrários ao teto que revejam a sua posição:

"A questão fundamental para mim é que, enquanto o Brasil está ainda neste processo de consolidação e precisa aprovar reformas urgentes e necessárias; abrir mão do teto, eu acho que é uma estratégia extremamente arriscada para o país e uma sinalização, no meu entendimento, na direção errada"

Guardia disse que são necessárias as reformas da Previdência Social e administrativa para que o governo consiga funcionar nos próximos anos, já que o teto de gastos faz com que as despesas com benefícios e com salários comprimam as demais despesas.

Sobre a reforma administrativa, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que o governo atual não chegou a propor medidas, mas que o futuro governo terá de atuar para reduzir as mais de 300 carreiras atuais, rever salários muito altos e fazer com que o alcance do final das carreiras pelos servidores não seja automático.