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Juazeiro BA: Conselho Municipal dos Direitos Humanos – CMDH repudia a queima da palha da cana-de-açúcar



Em nota, o Conselho Municipal dos Direitos Humanos – CMDH repudia a queima da palha da cana-de-açúcar, realizada em Juazeiro-BA, empresa Agro Indústrias do Vale do São Francisco S.A. – AGROVALE. 

De acordo com o conselho, a ação, realizada ao logo de quatro décadas, causa graves consequências a saúde da população do Vale do São Francisco e ao meio ambiente. 



Nota: 

O Conselho Municipal dos Direitos Humanos – CMDH, vem a público manifestar o seu mais veemente Repúdio contra a empresa Agro Indústrias do Vale do São Francisco S.A. – AGROVALE, empresa do ramo sucroalcooleiro, que ao longo de quatro décadas vem sistematicamente desenvolvendo a queima palha da cana-de-açúcar como forma de colheita da cana, ocasionando assim graves consequências a saúde da população de
Juazeiro, do Vale do São Francisco e ao meio ambiente. 

O Estado de São Paulo é o maior produtor, sendo responsável por mais de 60% de toda produção nacional de açúcar e etanol e, também, por mais de 70% das exportações. A região de Ribeirão Preto é responsável por 45% do total produzido no estado e vários outros municípios têm grandes áreas de plantio com diversas usinas instaladas, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. São mais de 17 usinas da cana-de-açúcar. 

Mesmo com todo seu potencial econômico foi criada no ano 2002 a Lei no. 11.241, que controla a queima da cana-de-açúcar para despalha e instalou um cronograma para que a totalidade dos canaviais deixe de ser queimados. 

As queimadas ocorrem principalmente durante a estação seca entres os meses de julho a novembro, coincidindo com o período de baixas precipitações e piores condições de dispersão da fumaça e de partículas da fuligem, o que agrava seus efeitos sobre a qualidadedo ar, provocando transtornos pela sujeira nas residências domésticas e com possibilidades de causar doenças dermatológicas, cardiovasculares e respiratórias na população devido à poluição atmosférica. 

Não somos contra a empresa AGROVALE, o que não podemos tolerar, é que no atual estágio da civilização, é que isso se dê mediante praticas dantescas. E pelo que estamos vivenciamos nos últimos anos, é inadmissível que a sociedade do Vale do São Francisco fique somente com o ônus desse processo produtivo. 

Reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento do Vale, com as centenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais da AGROVALE, acima de tudo, reafirmamos nosso
compromisso com respeito à dignidade da pessoa humana e ao meio ambiente. 

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