Homens brancos casados predominam entre candidatos a deputado federal nestas eleições
As estatísticas da Justiça Eleitoral já permitem traçar o perfil dos candidatos à Câmara dos Deputados. O número de candidatos é continuamente crescente nos últimos anos e 2018 terá a eleição mais acirrada para a Câmara: são 14,1 candidatos para cada uma das 513 vagas de deputado federal.
Psol (6,6%), PSL (5,5%), Avante (4,7%), Patriotas (4,5%), PT (4,18%) e MDB (4,11%) são os partidos que mais lançaram candidatos. Assim como em 2014, as mulheres correspondem a pouco mais de 31% das candidaturas. O perfil predominante é de homens (68%), brancos (57%), casados (54%) e com curso superior completo (54%). Cerca de 30% dos candidatos à Câmara dos Deputados têm idades entre 45 e 54 anos.
Entre as profissões ou ocupações dos candidatos a deputado federal, as mais citadas são empresário (10,1%), advogado (7,8%) e deputado (5%), incluindo tanto aqueles que hoje estão nas assembleias legislativas quanto os que buscam a reeleição para a Câmara. Outras ocupações também muito citadas entre os candidatos são as de vereador (3,3%), professor de ensino médio (3%), aposentado (2,8%), administrador (2,6%), comerciante (2,6%), servidor público federal (2,3%) e policial militar (2%).
O número total de candidatos às vagas de oito cargos eletivos chega a quase 25 mil em 2018. Só para a Câmara dos Deputados, são mais de 7.200. Para o analista político Thiago Vidal, todos os candidatos terão o desafio de estreitar os laços com os eleitores, até o dia da votação, em 7 de outubro.
"É uma quantidade muito alta, se a gente leva outros países em consideração. O problema é que esses candidatos, em geral, estão distantes da população e do eleitorado especificamente. Consegue-se compatibilizar um número elevado de candidaturas desde que se consiga aproximar o candidato do eleitor. No Brasil, estados como São Paulo e Goiás, onde o candidato tem que fazer campanha por todo o estado, equivalem a uma campanha presidencial em muitos países. E não se consegue criar um vínculo na campanha e, depois da campanha, com o eleitor. Esse é o grande problema".
O Tribunal Superior Eleitoral tem até 17 de setembro para decidir sobre eventuais impugnações de candidaturas com base na Lei da Ficha Limpa e em outras regras da legislação eleitoral.
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