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Pais de Beatriz emitem nota rebatendo informações de Alisson Henrique


Lucinha Mota e Sandro Romilton, pais de Beatriz Angélica Mota rebateram as informações de Alisson Henrique, ex-funcionário do Colégio Auxiliadora e afirmam não ser irresponsáveis na divulgação de informações. Em nota, o casal afirma que tanto Alisson quanto a instituição de ensino querem se eximir das responsabilidades.
Confira a nota publicada pelos pais de Beatriz:
Nós, os pais de Beatriz Angélica, somos a parte mais interessada na resolução dessa situação.
Não somos irresponsáveis, nem levianos e principalmente não gostaríamos de ser testemunhas 
de mais uma injustiça na sociedade. Sempre cobramos principalmente das autoridades policiais 
uma resposta célere e contundente. Desde o início participamos e colaboramos 
incansavelmente para que tudo seja esclarecido, custe o que custar, seja o que for, doa a quem 
doer. 
Sofremos diariamente com a angústia e impotência diante das situações que são reveladas 
oficialmente e muito mais com os vazamentos de informações (que deveriam estar sob sigilo) 
nas redes sociais. A cada nova revelação nos apegamos profundamente com a esperança 
renovada de termos um fechamento dessa tragédia que todos vivemos. Quando soubemos que 
as imagens haviam sido adulteradas ou apagadas, tivemos a certeza de que o caso seria 
solucionado naquele momento. Eis aí a ponta do novelo.
Não foi imputado a autoria do crime de homicídio a ALLINSON HENRIQUE DE CARVALHO CUNHA, 
mas sim a prática de crimes diversos que de alguma forma contribuíram para que até agora não 
se chegasse ao resultado esperado por todos.
A equipe da Polícia Civil de Pernambuco periciou os equipamentos de gravação de imagens e 
foi comprovada a PROVA DA MATERIALIDADE e AUTORIA DOS CRIMES previstos nos artigos 342, 
caput e 347 do Código Penal, apontando o ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora de 
Petrolina-PE como o responsável por deletar imagens captadas por câmeras em que aparece o 
suspeito do assassinato de nossa BEATRIZ. 
Pois bem, a Força Tarefa do Ministério Público acatou e ratificou esse pedido de prisão 
preventiva. A juíza Elane Brandão Ribeiro também entendeu que tanto a prova da materialidade 
quanto a autoria desses crimes estavam presentes. O único motivo para o indeferimento foi 
relativo ao tempo da prática dos crimes praticados por ele, Allinson Henrique, cometidos em 
2016.
Em relação a esse argumento temos que perceber é que esse fato em si foi o mote do 
comprometimento de quase toda investigação, porque a partir do momento em que se deletou 
as imagens não se pôde mais chegar com precisão ao autor ou autores do fato criminoso. Então, 
a questão da contemporaneidade não deveria ser vista no dia de hoje, mas em relação ao 
comprometimento que essa ação lá atrás trouxe para toda a investigação policial. Não é porque 
o crime é mais ou menos grave que eu vou dizer se deve ou não ser preso. O que se busca com 
a prisão nessa situação específica é a solução do inquérito policial. É a conveniência para a 
instrução processual futuramente.
Em notas à imprensa, tanto o Colégio Maria Auxiliadora, quanto seu ex-funcionário Allinson 
Henrique, querem inculcar nas pessoas de que a responsabilidade por ter apagado as imagens 
é da Polícia Civil de Pernambuco. Isso é lamentável. Contra provas não há argumentos. A 
verdade prevalecerá. 
Iremos recorrer dessa decisão que achamos ser bastante injusta. Acreditamos nas instituições e 
no poder público. Cremos principalmente em DEUS. 
Não permitiremos que outra injustiça seja cometida contra nossa princesa BEATRIZ.
Lucinha Mota e Sandro Romilton. 
Petrolina- PE, 27 de Julho de 2018.

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